Dezembro marca a campanha internacional que visa mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres
Produzido por Marília Gabriela da Silva
Texto produzido para o Jornal Folha Ribeirão Pires.
Projeto visa educar e aumentar a igualdade de gênero na sociedade
Em alusão ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, comemorado no último domingo (6), o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC promoveu um encontro com lideranças regionais para debater e expor apoio à campanha internacional Laço Branco, que convida os homens a participarem da ação “Eu digo não à violência contra as mulheres”.
O encontro foi divulgado através de uma live na página do Consórcio no Facebook (www.facebook.com/consorcioabc), e liderado por Luís Fernando Resende, sociólogo, membro do GT Gênero de Masculinidade.
“A campanha acontece através da distribuição de panfletos, cartazes digitais e debates entre homens e toda a sociedade civil sobre a importância do fim da violência contra a mulher ”, disse Luís Fernando. O debate sobre o machismo, a violência doméstica, violência sexual e assédio são pautas que ganham espaço nas mídias e repercutem ainda mais neste mês. “É importante não se omitir diante destas questões ao presenciar atitudes abusivas ou de violência”, disse o sociólogo.
Segundo Eurico de Marcos Jardim, representante do GT Gênero e Masculinidade da cidade de Mauá, a campanha visa politizar e educa a sociedade como um todo. “Não direcionamos a pauta apenas para homens que um dia já foram penalizados pela Lei Maria da Penha, mas para todos os cidadãos, dada a importância do tema”, disse Eurico.
Diminuir as estatísticas de feminicídio, e ampliar o acolhimento ao público feminino são projetos que seguem em expansão no Consórcio ABC. “As Casas Abrigo, criadas pelo GT Gênero permanecem acolhendo mulheres vítimas de violência doméstica mesmo durante a pandemia”, afirmou Maria Aparecida da Silva, advogada e presidente do Conselho Gestor do Programa Casa Abrigo.
A entidade ainda conta com o serviço regional “E Agora, José?” que integra atividades educativas voltadas aos homens condenados com base na Lei Maria da Penha. “O combate à violência contra a mulher é um dos principais focos do nosso trabalho. O SerH ABC está sendo implementado com esse objetivo, para fazer com que os autores condenados tenham consciência do crime cometido e transformados para que não voltem a praticar os mesmos atos”, afirmou o coordenador Eurico de Marcos Jardim.
A campanha do Laço Branco está presente em mais de 50 países em todos os continentes e é apontada pela ONU como uma das maiores iniciativas mundiais direcionadas para a temática do envolvimento de homens com a violência contra a mulher.
“Este ano, devido a pandemia, as ações estão sendo implementadas de modo virtual. No entanto, a prática normalmente consiste em encontros presenciais, conversando abertamente com homens e discutindo o machismo, e suas consequências na sociedade”, disse Luís Fernando.
Espera-se que em 2021 o debate possa novamente ocorrer nas ruas e em espaços públicos da nossa região.
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